O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter as prisões preventivas de dois investigados no esquema de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida foi comemorada pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que destacou os avanços da comissão no combate às irregularidades. As prisões ocorreram em 12 de setembro, após aprovação dos pedidos pela CPMI e ordem do ministro André Mendonça.
Segundo as investigações, um dos presos movimentou cerca de R$ 24,5 milhões em apenas cinco meses, com suspeita de repasses a servidores do INSS para facilitar descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões. Parte dos recursos teria sido transferida para empresas ligadas a pessoas próximas a ex-servidores do órgão. O outro preso é apontado como sócio oculto de uma entidade envolvida nas fraudes e beneficiário direto dos recursos ilícitos. O senador Viana ressaltou que a atuação da CPMI foi decisiva para o avanço das investigações e para a retomada das medidas judiciais.
O julgamento ocorreu no plenário virtual da Segunda Turma do STF, composta por cinco ministros, dos quais três já votaram pela manutenção das prisões. A decisão reforça o impacto da CPMI e sinaliza continuidade nas apurações contra irregularidades na Previdência Social. O caso demonstra o empenho das instituições brasileiras em combater fraudes e preservar a integridade do sistema previdenciário nacional.