O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, réu em um caso que envolve cinco acusações graves, incluindo organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicita penas que podem variar de 12 anos a mais de 40 anos, dependendo da interpretação dos ministros sobre a gravidade dos crimes cometidos durante a tentativa de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O julgamento se concentra na definição da pena, onde as divergências entre os ministros são esperadas. O ministro Luiz Fux, por exemplo, pode adotar uma postura mais branda em comparação a seus colegas, o que levanta questões sobre como as penas serão calculadas e se haverá um consenso entre os magistrados. A PGR argumenta que Bolsonaro deve ser considerado líder da organização criminosa, o que pode resultar em uma pena mais severa.
Independentemente do resultado, a execução da pena não será imediata, pois Bolsonaro poderá recorrer antes de qualquer transferência para regime fechado. A jurisprudência do STF estabelece que a pena só pode ser cumprida após o esgotamento dos recursos internos, o que pode prolongar sua situação atual de prisão domiciliar. As decisões do tribunal não apenas afetarão o futuro de Bolsonaro, mas também terão repercussões significativas na política brasileira.