A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (2) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sete ex-auxiliares, todos acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentativa de golpe de Estado entre o final de 2022 e o início de 2023. Segundo a PGR, Bolsonaro foi o líder da organização criminosa que tentou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo também o maior beneficiado em caso de sucesso do golpe.
O rito do julgamento seguirá as normas internas do STF, com a leitura e aprovação da ata da sessão anterior, seguida pela apresentação da ação penal pelo presidente da Turma, ministro Cristiano Zanin. O relator, ministro Alexandre de Moraes, apresentará seu relatório, enquanto o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para expor a posição da PGR, que já defendeu a condenação dos réus. As defesas terão uma hora cada para se manifestar, começando pela defesa de Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada.
Após os debates, os ministros da Primeira Turma — Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin — iniciarão a votação, que requer maioria simples para decidir entre absolvição ou condenação. O julgamento se estenderá até o dia 12, com a possibilidade de recursos às eventuais condenações dentro do próprio STF. Essa sessão representa um momento crucial na política brasileira e pode ter implicações significativas para o futuro político de Bolsonaro e seus aliados.