A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) dá início ao julgamento de Jair Bolsonaro e sete réus, acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022. A Procuradoria-Geral da República (PGR) fundamentou suas denúncias em investigações da Polícia Federal, que revelaram cinco crimes relacionados à trama golpista. Os acusados negam as acusações, alegando que não houve ações concretas para impedir a posse do presidente Lula e consideram a denúncia injusta.
As acusações da PGR incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O procurador-geral Paulo Gustavo Gonet Branco afirmou que Bolsonaro liderou uma organização criminosa com um projeto autoritário. A PGR busca a condenação do grupo, com penas que podem totalizar até 43 anos de prisão, dependendo da decisão dos ministros da Corte.
O julgamento deste caso complexo é crucial para a democracia brasileira, pois pode expor detalhes significativos sobre a estrutura e funcionamento da organização criminosa que, segundo a PGR, tinha raízes na administração pública e forte influência militar. A expectativa é que a decisão do STF traga à tona questões fundamentais sobre a proteção das instituições democráticas no país.