O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta terça-feira, 9 de setembro de 2025, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus, acusados de tentarem um golpe de Estado em 2022. O relator, ministro Alexandre de Moraes, abrirá a votação, e a expectativa é que o processo se conclua até sexta-feira, 12 de setembro, com a discussão sobre a dosimetria das penas. Se condenado, Bolsonaro pode enfrentar uma pena mínima de 12 anos e máxima de 43 anos de prisão.
O julgamento, que já começou em 2 de setembro, reúne evidências como mensagens privadas entre auxiliares de Bolsonaro e planos para anular a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. A Procuradoria Geral da República (PGR) reiterou seu pedido de condenação, afirmando que as reuniões entre Bolsonaro e comandantes militares demonstram que o golpe estava em execução. A defesa, por sua vez, alega cerceamento do direito de defesa e ausência de provas.
Com o julgamento em andamento, Bolsonaro enfrenta um cenário político ainda mais fragilizado, com antigos aliados militares se distanciando dele. As defesas dos ex-ministros Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira tentaram desvincular suas ações do ex-presidente, reforçando a imagem dele como líder da organização criminosa. O desfecho deste caso pode ter implicações significativas para o futuro político de Bolsonaro e para a estabilidade institucional no Brasil.