O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia na próxima terça-feira, 2 de setembro, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados, acusados de tentarem reverter o resultado das eleições de 2022 em uma suposta trama golpista. Este julgamento, que pode levar à condenação de um ex-presidente da República e generais do Exército, ocorre cerca de dois anos e meio após os atos de 8 de janeiro de 2023, marcando um momento inédito na história política do Brasil.
O esquema especial de segurança preparado pelo STF visa restringir a circulação de pessoas nos edifícios da Corte, com varreduras e uso de drones para garantir a tranquilidade do julgamento. A Corte recebeu 501 pedidos de credenciamento da imprensa nacional e internacional, além de 3.357 inscrições de cidadãos e advogados interessados em acompanhar o processo. Contudo, apenas os primeiros 1.200 pedidos serão atendidos devido à limitação de espaço.
O julgamento será realizado em oito sessões ao longo de setembro, com a participação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, responsável pela acusação. Os réus respondem por crimes graves, incluindo organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O primeiro voto será do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, que abordará questões preliminares antes de se pronunciar sobre o mérito do caso.