O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na próxima terça-feira (9) o julgamento da ação penal (AP 2668) que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros altos oficiais. O cronograma prevê sessões até a sexta-feira (12), quando se espera a conclusão da análise das penas, caso os réus sejam condenados. Entre os acusados estão generais, ex-ministros e um deputado federal, todos enfrentando graves acusações como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Na terça-feira, o relator Alexandre de Moraes apresentará seu voto, que deverá ser extenso e detalhado, sugerindo a condenação dos réus. A votação será realizada por uma maioria simples entre os cinco ministros da Primeira Turma do STF, e qualquer divergência poderá levar as defesas a recorrer ao plenário. Além disso, as sessões extraordinárias foram convocadas devido à expectativa de votos longos e complexos, especialmente na discussão das penas individualizadas.
Paralelamente, há uma pressão crescente entre parlamentares bolsonaristas para aprovar um projeto de anistia aos condenados, o que gera um intenso debate sobre a constitucionalidade da proposta. O líder do governo na Câmara já afirmou que, se aprovada, a anistia será vetada pelo presidente Lula, uma vez que o STF possui entendimento consolidado de que crimes contra o Estado Democrático de Direito não são passíveis de perdão. O resultado desse julgamento pode ter repercussões significativas na política brasileira e na imagem pública dos envolvidos.