O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados por tentativa de golpe começou nesta terça-feira (2/9) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Sob forte esquema de segurança e com a atenção da imprensa internacional voltada para o Brasil, os cinco ministros da Turma analisam uma ação penal sobre uma suposta trama golpista que visava anular as eleições de 2022. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito e participação em organização criminosa armada.
O núcleo central dos réus inclui figuras proeminentes como Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha. O advogado de Bolsonaro, Celso Villardi, confirmou que o ex-presidente não comparecerá pessoalmente ao julgamento, que será transmitido ao vivo. A expectativa é que o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, faça uma leitura breve do relatório antes das sustentações orais dos advogados dos réus.
As implicações deste julgamento são profundas, podendo afetar a política brasileira e a confiança nas instituições democráticas. A Procuradoria-Geral da República pede a condenação dos réus, e o desfecho deste caso poderá influenciar a percepção pública sobre a legitimidade das eleições e a segurança do Estado Democrático de Direito no país. O julgamento se estenderá por várias sessões, com a primeira semana focando nas sustentações orais e na leitura do relatório.