A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) espera concluir o julgamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) até o final de 2025. Ele é acusado de tentar interferir no julgamento da tentativa de golpe de Estado, e enfrenta também pedidos de cassação na Câmara dos Deputados. A situação se agrava, pois, se condenado, Eduardo poderá perder seu mandato e se tornar inelegível, comprometendo suas chances nas eleições presidenciais de 2026.
Eduardo e seu pai, Jair Bolsonaro, foram indiciados em agosto por supostamente articular sanções dos Estados Unidos contra autoridades do STF, na tentativa de obstruir o julgamento do ex-presidente no inquérito sobre o golpe. A Polícia Federal concluiu o inquérito e enviou o caso ao STF, que agora aguarda a Procuradoria Geral da República decidir sobre a denúncia. A Primeira Turma, composta por cinco ministros, é responsável pelo julgamento, após mudanças no regimento interno da Corte em dezembro de 2023.
O eventual julgamento pode ter implicações significativas para a carreira política de Eduardo Bolsonaro e para a família Bolsonaro como um todo. A condenação não apenas resultaria em sanções legais, mas também poderia impactar a imagem pública da família e suas estratégias eleitorais futuras. Aliados já discutem medidas para proteger o mandato de Eduardo na Câmara, evidenciando a gravidade da situação.