A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) planeja julgar Eduardo Bolsonaro (PL-SP) até o final de 2025 por suposta tentativa de interferir no julgamento da tentativa de golpe de Estado. Tanto ele quanto seu pai, Jair Bolsonaro, foram indiciados por coação no curso do processo, o que pode levar à perda do mandato e à inelegibilidade de Eduardo, que é considerado uma alternativa da família para a Presidência em 2026.
O inquérito da Polícia Federal concluiu que a conduta dos dois configura crime de coação, com pena prevista de um a quatro anos de prisão, independentemente do resultado das sanções que tentaram articular contra autoridades do STF. A Procuradoria Geral da República (PGR) decidirá se apresentará denúncia contra eles, e a Primeira Turma do STF será responsável por aceitar ou não essa denúncia e julgar os réus.
A mudança no regimento interno do STF em dezembro de 2023 permitiu que casos como o de Eduardo fossem julgados pela Primeira Turma, composta por cinco ministros. A decisão sobre o caso pode ter implicações significativas para as futuras candidaturas da família Bolsonaro, especialmente com as eleições presidenciais se aproximando.