A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Jair Messias Bolsonaro por organização criminosa, reconhecendo sua liderança em uma trama que afrontou a democracia brasileira. O julgamento, realizado em 12 de setembro de 2025, contou com votos decisivos de ministros como Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, que se opuseram à absolvição proposta por Luiz Fux, marcando um divisor de águas na história política do país.
A condenação é resultado de uma sequência de atos que caracterizaram o governo Bolsonaro como um laboratório de afronta ao Estado Democrático de Direito. Durante a pandemia, o ex-presidente fez declarações que desdenharam a dor da população e sabotou medidas de proteção, enquanto no campo ambiental seu governo fragilizou normas e perseguiu cientistas. Esses fatores culminaram em denúncias na Corte Penal Internacional por crimes contra a humanidade.
Este julgamento não é apenas um carimbo judicial, mas um aviso claro sobre a importância da democracia no Brasil. A decisão reafirma que a soberania da maioria deve ser respeitada e que a liberdade, embora barulhenta e lenta, resiste. O dia 12 de setembro de 2025 ficará marcado como um momento em que a democracia brasileira se levantou para afirmar: golpe não.