O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em um julgamento realizado na última semana, com um placar de 4 votos a 1. O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, foi o último a votar e se posicionou a favor da condenação por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. O colegiado agora deve discutir a dosimetria da pena, que pode variar entre 4 e 41 anos de prisão para os réus envolvidos.
O julgamento, que faz parte do chamado ‘núcleo 1’ da suposta trama golpista, começou com as sustentações das defesas e a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que apoiou a condenação. O único voto contrário foi do ministro Luiz Fux, que absolveu a maioria dos réus, exceto Mauro Cid. A condenação de Bolsonaro traz à tona a possibilidade real de prisão, com especialistas indicando que o processo avança rapidamente e pode ter desdobramentos em breve.
Com a condenação consolidada, os ministros do STF passarão à definição da pena, e a defesa dos réus deverá apresentar embargos no Plenário da Corte. A discussão sobre o cumprimento da pena também será crucial, considerando a idade de Bolsonaro e as precedentes de outros ex-presidentes. O cenário político e judicial se torna cada vez mais tenso à medida que os desdobramentos desse caso se aproximam.