O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados por crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, em uma votação que resultou em 4 votos a 1. A maioria dos réus recebeu penas superiores a 20 anos de prisão em regime fechado, mas não serão presos imediatamente, pois ainda têm o direito de recorrer da decisão. Somente após a rejeição dos recursos é que as prisões poderão ser efetivadas.
Além da condenação recente, Bolsonaro enfrenta um segundo processo que investiga sua colaboração com o governo dos Estados Unidos, especificamente com Donald Trump, para implementar medidas de retaliação contra o Brasil e seus ministros do Supremo. O ex-presidente é acusado de enviar recursos via Pix para financiar a estadia de seu filho, Eduardo Bolsonaro, nos EUA, onde ele reside sob alegações de perseguição política. A Polícia Federal indiciou ambos pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
As implicações dessa situação são significativas, pois o governo dos Estados Unidos já anunciou sanções contra autoridades brasileiras, incluindo tarifas elevadas sobre importações e investigações comerciais. Trump e seus aliados defendem que Bolsonaro é alvo de uma “caça às bruxas”, enquanto o ministro Alexandre de Moraes é criticado por ações que, segundo eles, ameaçam a liberdade de expressão. O desdobramento desses processos pode impactar não apenas a política interna brasileira, mas também as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos.