Na quinta-feira, 11 de setembro de 2025, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o julgamento da ação relacionada à trama golpista, resultando na condenação de Jair Bolsonaro e outros seis aliados a penas que variam de 16 a 27 anos de prisão. Os réus, que incluem ex-ministros e militares, foram considerados culpados por cinco crimes, entre eles organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A maioria dos condenados recebeu penas superiores a 20 anos em regime fechado e todos foram declarados inelegíveis por oito anos, conforme a lei da Ficha Limpa.
Apesar das severas condenações, os réus não serão presos imediatamente, pois ainda têm o direito de recorrer da decisão. O ex-presidente Jair Bolsonaro, considerado o líder da trama, recebeu a pena mais alta: 27 anos e três meses de reclusão, além de uma multa significativa. Outros condenados, como Walter Braga Netto e Almir Garnier, também enfrentaram longas sentenças, enquanto Mauro Cid, que fez delação premiada, obteve uma pena reduzida.
As implicações dessa decisão são profundas para o cenário político brasileiro, uma vez que a condenação de figuras proeminentes pode afetar a confiança nas instituições democráticas e gerar debates acalorados sobre segurança pública e governança. O STF ainda determinou sanções adicionais, como a perda de cargos e mandatos para alguns réus, e enviou questões relacionadas à perda de patente dos militares ao Superior Tribunal Militar. O desdobramento desses casos poderá influenciar futuras ações judiciais e políticas no Brasil.