O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, votou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe contra o resultado das eleições de 2022. Durante o julgamento, Zanin citou o histórico Plano Cohen, que remete à gestão de Getúlio Vargas, e o termo ‘quartelada’, enfatizando a gravidade da ação que envolvia as Forças Armadas e um plano para desestabilizar o governo atual.
A Primeira Turma do STF decidiu condenar Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, além de 124 dias-multa. O relator Alexandre de Moraes considerou a liderança de uma organização criminosa como agravante, embora tenha atenuado a pena devido à idade avançada do ex-presidente. Outros réus também foram condenados, mas ainda cabe recurso, o que significa que as prisões não ocorrerão imediatamente.
A condenação de Bolsonaro representa um marco na política brasileira, refletindo a luta contra tentativas de desestabilização democrática. O uso de termos históricos como ‘quartelada’ e referências ao Plano Cohen traz à tona discussões sobre a memória política do Brasil e os riscos à democracia contemporânea. O desdobramento desse caso poderá influenciar futuras decisões judiciais e a dinâmica política no país.