O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, em um julgamento histórico realizado no dia 11 de outubro. Esta é a primeira vez que um ex-presidente do Brasil é punido por tais crimes, que incluem organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Outros seis réus, entre eles ex-ministros e aliados, também foram condenados, com penas que variam de 16 a 26 anos de prisão.
Durante o julgamento, a ministra Cármen Lúcia destacou que Bolsonaro atuou como líder da organização criminosa que tentou desestabilizar as instituições democráticas do país. O placar final foi de 4 a 1, com o voto divergente do ministro Luiz Fux, que absolveu Bolsonaro e outros cinco réus. Todos os condenados estão inelegíveis por oito anos, conforme a Lei da Ficha Limpa, e a decisão do STF representa um marco na luta contra a impunidade no Brasil.
Embora a condenação tenha sido proferida, a prisão de Bolsonaro não será imediata, pois seus advogados ainda podem apresentar recursos. A decisão do STF não apenas reforça a importância da responsabilidade política, mas também sinaliza um novo capítulo na história judicial do Brasil, onde ações contra figuras proeminentes são levadas a sério, estabelecendo um precedente para futuras investigações e julgamentos relacionados à corrupção e à tentativa de desestabilização do governo.