A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quinta-feira (11) o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Walter Braga Netto, a 26 anos de prisão, com início em regime fechado. Além da pena privativa de liberdade, Braga Netto foi multado em 100 dias, com valor correspondente a um salário mínimo por dia. O julgamento contou com a presença dos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, enquanto Luiz Fux apresentou uma divergência ao sugerir uma pena de apenas sete anos, focando na acusação de Abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A proposta de Fux foi derrotada, e o ministro Flávio Dino inicialmente sugeriu uma pena ainda mais severa, de 30 anos e 2 meses, devido à gravidade dos atos imputados ao ex-ministro, especialmente sua suposta participação em um plano para assassinar autoridades. No entanto, Dino acabou por aderir à proposta do ministro Alexandre de Moraes, considerando que a divergência poderia resultar em uma derrota no julgamento. A decisão do STF marca um momento significativo na política brasileira e levanta questões sobre a responsabilidade de figuras públicas em ações que ameaçam a democracia.