Em setembro de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Jair Bolsonaro e quatro generais a penas de prisão por tentativa de golpe de Estado. A decisão, considerada histórica, é resultado de uma investigação que começou em maio de 2020, quando tensões entre o governo e a Corte atingiram seu ápice. O ministro Alexandre de Moraes destacou que Bolsonaro exerceu a liderança de uma estrutura criminosa que buscava subverter a democracia brasileira.
A sentença de 27 anos e três meses de prisão para o ex-presidente e os outros sete condenados, incluindo altos oficiais das Forças Armadas, revela um esquema complexo que envolveu desde a deslegitimação das urnas eletrônicas até planos para intervenções militares. O julgamento expôs minúcias do planejamento da conspiração, que incluía ações violentas e ameaças ao STF, culminando na invasão dos prédios públicos em 8 de janeiro de 2023.
Este veredicto é um marco para a Justiça brasileira, reafirmando que a lei deve prevalecer sobre interesses políticos. A decisão do STF não apenas pode encerrar a carreira política de Bolsonaro, mas também demonstra a resiliência do Judiciário diante de pressões externas, garantindo a proteção da democracia no país. A divergência do ministro Luiz Fux sobre o processo destaca as complexidades envolvidas na análise judicial de casos políticos sensíveis.