A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu condenar Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão, sendo 24 anos e 9 meses em regime fechado, por sua participação em uma trama golpista. A Corte considerou Bolsonaro culpado por cinco acusações, incluindo golpe de Estado e organização criminosa armada. Essa condenação levanta preocupações sobre o impacto na direita brasileira, que se vê pressionada a escolher entre manter laços com o ex-presidente ou buscar um novo caminho político.
O contexto atual revela que, apesar da condenação, Bolsonaro ainda detém capital político significativo, essencial para as eleições municipais de 2024. A direita enfrenta um dilema: se afundar junto com seu maior líder ou tentar sobreviver de forma independente. A figura de Bolsonaro, marcada pelo personalismo, pode ter transformado o ato de abandoná-lo em um abandono da própria direita, dificultando a busca por um novo representante conservador que não dependa de sua imagem.
As implicações dessa situação são profundas, pois a direita pode precisar se reinventar para conquistar o eleitorado sem a figura de Bolsonaro. A possibilidade de um novo líder conservador que promova anistia e evite confrontos diretos com instituições como o STF pode ser uma estratégia viável. Contudo, essa mudança exigirá a aprovação do ex-presidente, que historicamente não tem apoiado aqueles que buscam autonomia política.