Na quinta-feira, 11 de setembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a mais de 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, desafiando a pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para anular o processo. O julgamento, que resultou em um placar de 4 a 1, contou com os votos favoráveis dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, enquanto Luiz Fux foi o único a votar contra. Essa decisão marca um momento significativo na relação entre os dois países e na autonomia do sistema judiciário brasileiro.
O artigo do New York Times destaca que o Brasil se tornou um experimento sobre como resistir à pressão de Trump, que tentou anular o processo contra Bolsonaro por meio de tarifas comerciais e sanções contra membros do STF. No entanto, essas medidas não surtiram efeito, e as exportações brasileiras até aumentaram em agosto, apesar das barreiras impostas pelos EUA. A porta-voz da Casa Branca criticou a postura de Moraes, mas o ministro reafirmou a independência do STF em sua decisão.
Além disso, a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem crescido em meio a essa rivalidade com os Estados Unidos. Uma pesquisa recente mostrou que a aprovação ao governo Lula subiu de 29% para 33%, enquanto a rejeição caiu. Esse cenário sugere que o Brasil está se fortalecendo internamente, mesmo diante das pressões externas, e pode indicar um novo capítulo nas relações entre os dois países.