A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (11) garantir a liberdade de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, em decorrência de sua colaboração em delação premiada. Cid, que foi condenado a dois anos de prisão, teve o benefício do regime aberto sugerido pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, que enfatizou a importância da colaboração do delator na investigação da trama golpista.
A decisão do STF ocorre em um contexto em que Bolsonaro e outros sete réus foram condenados por crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O colegiado, que votou por 4 a 1 pela condenação, reconheceu a gravidade das ações dos réus, mas também considerou a efetividade da delação de Cid como um fator relevante para sua liberdade.
As implicações dessa decisão são significativas, pois refletem o andamento das investigações sobre a tentativa de golpe e a responsabilidade dos envolvidos. A concessão da liberdade a Cid pode abrir precedentes para outros réus que colaborarem com as investigações, além de intensificar o debate sobre a justiça e as consequências legais para figuras proeminentes da política brasileira.