O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta terça-feira (9) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete aliados, suspeitos de tramar um golpe de Estado. O ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, votou a favor da condenação, dedicando a primeira parte da sessão à leitura de seu voto, no qual se referiu a Bolsonaro como “líder de organização criminosa”. O ex-presidente não compareceu à sessão, alegando “limitações médicas”. Após a manifestação de Moraes, a ordem de votação seguirá com outros ministros, e a conclusão do julgamento é esperada até sexta-feira (12). Moraes refutou as alegações das defesas, que questionaram a competência do STF e a validade das provas apresentadas. Ele defendeu a colaboração do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e afirmou que as contestações eram improcedentes. O relator enfatizou que o julgamento não discute a ocorrência da tentativa de golpe, mas sim a autoria dos réus, destacando ações organizadas contra o Estado Democrático de Direito. As implicações desse julgamento podem ser significativas, com possíveis condenações que afetarão não apenas os réus, mas também o cenário político brasileiro.