Igor Marinelli, CEO e cofundador da startup Tractian, revelou que o mercado brasileiro de investimentos está concentrado principalmente nos setores de agronegócio e fintechs. Após enfrentar diversas recusas de investidores nacionais, a empresa optou por buscar recursos no exterior e conseguiu captar US$ 120 milhões em fundos dos Estados Unidos no ano passado. A Tractian desenvolve soluções baseadas em inteligência artificial para reduzir interrupções industriais, com o objetivo de se tornar uma referência tecnológica comparável à Embraer.
Fundada há poucos anos, a Tractian tem como foco a inovação no setor industrial, utilizando IA para monitoramento e manutenção preditiva de máquinas. A dificuldade em obter financiamento no Brasil evidencia um cenário restrito para startups que atuam fora dos setores tradicionais de investimento. A captação internacional não apenas fortalece a empresa, mas também destaca a necessidade de ampliar o apoio a diferentes segmentos tecnológicos no país.
O sucesso da Tractian pode abrir caminho para outras startups brasileiras buscarem investimentos fora do país, diversificando o ecossistema de inovação nacional. Além disso, a experiência da empresa sinaliza para investidores e formuladores de políticas a importância de ampliar o leque de setores contemplados pelo capital de risco no Brasil, fomentando o desenvolvimento tecnológico e industrial.