Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, chega à conferência anual do Partido Trabalhista em Liverpool sob forte pressão de seu próprio partido e do setor empresarial. Com pouco mais de um ano no cargo e uma maioria parlamentar confortável, ele enfrenta demandas por políticas mais à esquerda, como o fim do teto no benefício infantil e uma postura mais firme no conflito em Gaza. Ao mesmo tempo, empresários criticam o aumento de impostos e as novas regras trabalhistas que dificultam demissões.
O ambiente político está tenso, com partidos rivais ameaçando conquistar eleitores descontentes e pesquisas apontando crescimento do populista Reform Party. O empresariado, especialmente após o aumento de £25 bilhões em impostos sobre a folha de pagamento, demonstra preocupação com o impacto no emprego e nos investimentos. Setores como farmacêutico e petróleo já reduziram investimentos ou cortaram empregos, enquanto mudanças fiscais afastam investidores estrangeiros.
O discurso de Starmer nesta conferência é crucial para tentar acalmar os ânimos e garantir que não haverá novas surpresas tributárias. O setor financeiro busca garantias contra novas taxações, enquanto há expectativa por flexibilizações em políticas de exploração de petróleo e gás. A resposta do governo poderá influenciar a estabilidade econômica e a confiança dos mercados nos próximos meses.