O artista canadense Stan Douglas reimaginou o polêmico filme ‘The Birth of a Nation’, lançado em 1915, que glorificava o Ku Klux Klan. Em uma conversa via Zoom a partir de Vancouver, Douglas expressa seu horror ao assistir à obra original, descrevendo-a como uma ‘fantasia racista bizarra’. Sua nova versão, que utiliza atores e altera enredos, busca confrontar os preconceitos persistentes na sociedade.
A ideia de reimaginar o filme surgiu há 20 anos, mas foi retomada recentemente após o convite da galeria The Brick, em Los Angeles, para responder à remoção de monumentos confederados no sul dos Estados Unidos. Douglas destaca a importância das ideias de identificação e autoidentificação em seu trabalho, refletindo sobre como essas questões se entrelaçam com a narrativa histórica do filme original.
A reinterpretação de Douglas não apenas revisita um capítulo controverso da história do cinema, mas também provoca um debate sobre os legados do racismo e a representação na arte contemporânea. Ao abordar temas tão relevantes, sua obra se torna um ponto de partida para discussões sobre identidade e a necessidade de confrontar narrativas históricas problemáticas.