O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, declarou que a bancada da oposição poderá obstruir os trabalhos legislativos e até organizar um novo motim se o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) não pautar a votação do projeto de lei que concede anistia a Jair Bolsonaro e outros condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro. A declaração foi feita após a Primeira Turma do STF condenar Bolsonaro e mais sete réus por crimes relacionados ao golpe de Estado.
Cavalcante, em suas declarações, criticou o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ele tem o ‘sonho’ de entregar uma foto de Bolsonaro preso ao presidente Lula para uso na campanha eleitoral de 2026. O líder do PL considerou que seria um ‘desrespeito total’ a Bolsonaro, caso o STF determinasse que ele cumprisse pena em regime fechado em um presídio comum, como o Complexo da Papuda, em Brasília. Ele lembrou que Lula cumpriu pena em condições diferenciadas durante sua prisão.
As declarações de Cavalcante refletem a crescente tensão política no Brasil e a polarização entre os grupos que apoiam e se opõem a Bolsonaro. A possibilidade de um novo motim na Câmara pode complicar ainda mais o cenário legislativo, especialmente em um momento em que o país se prepara para as eleições de 2026. A situação destaca as divisões profundas dentro do Congresso e as implicações das decisões judiciais sobre a política nacional.