Em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (3), a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) afirmou que a autonomia do Banco Central ainda não é plena e precisa ser revista para servir à população, e não apenas ao setor financeiro. A parlamentar destacou que a independência da instituição deve ser acompanhada de regras claras e mecanismos de controle, evitando práticas como a chamada ‘porta giratória’, que permite a dirigentes assumirem cargos em bancos privados logo após deixarem a função pública.
Soraya criticou a confusão entre independência técnica e ausência de supervisão, afirmando que a autonomia não deve ser sinônimo de falta de regras. Ela defendeu a criação de uma nova lei que amplie de seis meses para quatro anos a quarentena de ex-diretores do Banco Central antes que possam ocupar funções em instituições privadas. Para a senadora, essa medida é necessária para proteger a economia nacional de interesses particulares e reforçar a credibilidade da instituição.
A senadora enfatizou que quem se opõe a essas mudanças não está defendendo a verdadeira independência do Banco Central, mas sim os interesses dos grandes bancos. Soraya declarou que lutará para garantir que as regras sejam cumpridas, ressaltando que a falta de autonomia financeira compromete a legitimidade da instituição. A proposta visa assegurar um futuro mais seguro para os brasileiros, evitando privilégios em detrimento do bem-estar da população.