Sondas Voyager 1 e 2 continuam enviando sinais da Terra após 48 anos

Bruno de Oliveira
Tempo: 2 min.

As sondas Voyager 1 e Voyager 2, lançadas em 1977 pela NASA para explorar os gigantes gasosos do Sistema Solar, seguem ativas quase cinco décadas depois, enviando sinais do espaço interestelar. A Voyager 1, atualmente o objeto mais distante feito pelo homem, está a mais de 25 bilhões de quilômetros da Terra, com um sinal que leva 23 horas e 20 minutos para chegar ao nosso planeta. Por sua vez, a Voyager 2, que tomou uma rota diferente, encontra-se a aproximadamente 21 bilhões de quilômetros de distância, com seu sinal levando quase 19 horas e meia para alcançar a Terra.

A comunicação com essas sondas distantes é realizada através do Deep Space Network (DSN), uma rede global de antenas da NASA que capta sinais extremamente fracos enviados pelas naves. As sondas operam com energia gerada por geradores termoelétricos de radioisótopos (RTGs), que convertem o calor do decaimento do plutônio-238 em eletricidade. Contudo, essa fonte de energia não é infinita, e a NASA precisa desligar gradualmente alguns instrumentos para preservar os mais essenciais.

Além de suas contribuições científicas, como a exploração de Urano e Netuno e o estudo do espaço interestelar, as Voyager também possuem um legado cultural. Ambas transportam o famoso “Disco de Ouro”, que contém sons e imagens da Terra, uma mensagem simbólica destinada a possíveis civilizações extraterrestres. Mesmo quando deixarem de enviar sinais, as sondas continuarão sua jornada pelo cosmos, levando consigo um pedaço da história da humanidade.

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