Maria Adelina Gomes da Silva, de 64 anos, é uma das sobreviventes do ataque em um ônibus urbano em Piracicaba (SP), ocorrido em 21 de junho de 2022. Durante o incidente, um homem esfaqueou passageiros aleatoriamente, resultando na morte de três pessoas, incluindo sua filha, Adriana Coelho da Silva, de 42 anos. Desde então, Maria Adelina vive com sequelas físicas e emocionais, e recentemente decidiu processar a administração municipal e a empresa Tupi – Transporte Urbano de Piracicaba, reivindicando R$ 1 milhão por danos morais e estéticos.
O ataque deixou marcas profundas na vida de Maria Adelina, que não apenas perdeu sua filha, mas também enfrenta dificuldades financeiras e problemas de saúde. Ela relata que não recebeu qualquer assistência da prefeitura ou da empresa responsável pelo transporte público após o incidente. A idosa ainda luta contra dores e limitações físicas que a impedem de realizar atividades cotidianas e sustentar-se financeiramente, dependendo apenas de um benefício assistencial.
A busca por indenização reflete não apenas a dor pessoal de Maria Adelina, mas também levanta questões sobre a segurança no transporte público e a responsabilidade das autoridades locais em garantir a proteção dos cidadãos. O advogado da sobrevivente argumenta que houve falhas na prestação do serviço e na segurança dos passageiros, expondo-os a riscos inaceitáveis. O desfecho deste caso poderá influenciar futuras políticas de segurança no transporte urbano em Piracicaba e outras cidades do Brasil.