O senador Carlos Viana (Podemos-MG) revelou à VEJA os motivos que o levaram a retardar a aprovação de Caio Trivellato para a direção da Agência Nacional de Mineração (ANM). Em dezembro de 2023, Viana se negou a colocar a indicação em votação, alegando que Trivellato não havia apresentado a documentação necessária. No entanto, o senador também recebeu informações sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo Trivellato e seu irmão, o que o levou a questionar a idoneidade do indicado.
A recusa de Viana em votar a indicação resultou em sua destituição como relator do processo, sendo substituído por Carlos Fávaro (PSD-MG), que se prontificou a aprovar a nomeação. Durante a sessão que aprovou Trivellato, Viana expressou sua insatisfação, criticando as pressões econômicas que influenciam o Senado. Ele destacou que um candidato que não apresenta toda a documentação pode estar envolvido em irregularidades ou ter um forte apoio político.
Trivellato, ex-diretor interino da ANM, foi indicado ao cargo principal com o apoio de lideranças do PSD e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Recentemente, ele foi preso na Operação Rejeito, que investiga corrupção no setor de mineração em Minas Gerais, levantando questões sobre a integridade das nomeações na agência e as práticas políticas no Congresso.