O Senado da República protocolou um pedido de prisão preventiva contra Ciro Gomes, ex-governador do Ceará e membro do PDT, em razão de declarações consideradas ofensivas à prefeita de Cratéus, Janaína Farias, do PT. As falas, que ocorreram em 2024, incluíam ofensas que a caracterizavam como “cavalo” do ministro da Educação e questionavam suas realizações políticas. O pedido foi fundamentado no artigo 326-B do Código Eleitoral, que tipifica como violência política de gênero atos de assédio e discriminação contra mulheres em cargos eletivos.
A denúncia inicial foi apresentada pelo Ministério Público Eleitoral do Ceará e acatada pela Justiça Eleitoral em julho de 2024. Ciro Gomes já havia sido condenado anteriormente a pagar R$ 52 mil em indenização por danos morais à prefeita, o que demonstra um histórico de conflitos entre os dois. A ministra Gleisi Hoffmann expressou apoio ao pedido de prisão, classificando as ofensas como “gravíssimas” e ressaltando a importância de coibir práticas que dificultem o desempenho das mulheres na política.
Agora, cabe à Justiça decidir sobre a aceitação do pedido de prisão preventiva, enquanto o caso continua em tramitação. A situação levanta questões sobre a violência política de gênero no Brasil e a necessidade de proteger as mulheres em posições de poder, refletindo um contexto mais amplo de desafios enfrentados por elas na política nacional.