O Senado dos Estados Unidos confirmou Stephen Miran, ex-conselheiro econômico de Donald Trump, para um assento na diretoria do Federal Reserve (Fed). A votação, realizada com 48 votos a favor e 47 contra, ocorreu em um clima de forte divisão partidária, com todos os republicanos apoiando a nomeação e todos os democratas se opondo. Essa decisão acontece um dia antes da votação das taxas de juros, o que pode aumentar a influência da Casa Branca sobre o banco central.
A aprovação de Miran levanta questões sobre a independência do Fed, especialmente após suas declarações durante a audiência de confirmação, onde afirmou que continuaria como presidente do Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca, mesmo que em licença não remunerada. Os senadores democratas expressaram preocupações de que essa situação comprometa a autonomia do banco central, um princípio fundamental para sua operação eficaz.
As implicações dessa nomeação podem ser significativas para a política monetária dos EUA, especialmente em um momento crítico em que o Fed está prestes a decidir sobre as taxas de juros. A presença de Miran na diretoria pode influenciar as diretrizes econômicas e a abordagem do banco central em relação à inflação e ao crescimento econômico, refletindo uma maior proximidade entre a administração e as decisões monetárias.