Um satélite que já foi utilizado para buscar sinais de água em Marte desempenhou um papel crucial na preservação de 18 bilhões de litros de água no Rio de Janeiro em 2024. Integrado ao Programa de Redução de Perdas da concessionária Águas do Rio, o equipamento é capaz de identificar vazamentos ocultos, muitas vezes invisíveis a olho nu, e mapeia áreas urbanas com alta precisão. Essa tecnologia inovadora permitiu que o estado evitasse o desperdício de água tratada suficiente para abastecer mais de 3 milhões de pessoas durante um ano.
O satélite utiliza um sistema avançado que detecta a presença de cloro na água a profundidades de até 3 metros, com uma assertividade de 80%. Desde o início do projeto, em 2024, foram sinalizadas 2.726 ocorrências, das quais 2.144 foram confirmadas em campo. Aline Félix, gerente de Relações Institucionais da Águas do Rio, destacou que essa abordagem permite uma resposta mais rápida aos vazamentos, contribuindo para a redução das perdas na rede hídrica da concessionária, que atualmente opera em 27 municípios fluminenses.
Anselmo Leal, presidente da Águas do Rio, enfatizou que a combinação de tecnologia e compromisso ambiental pode transformar a realidade das cidades. Com uma meta ambiciosa de reduzir as perdas para 25% nos próximos dez anos, a empresa busca unir inovação tecnológica, infraestrutura e fiscalização para garantir um uso mais sustentável dos recursos hídricos. Essa iniciativa não apenas melhora o acesso à água, mas também promove a preservação ambiental e o bem-estar da população.