O estado de São Paulo enfrentou anteriormente casos graves de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol, destacando-se um surto ocorrido em dezembro de 1992. Naquele episódio, quatro pessoas morreram e cerca de 160 apresentaram sintomas como náuseas e problemas visuais após consumir uma bebida chamada “bombeirinho” em uma danceteria na cidade de Diadema. O Instituto Adolfo Lutz confirmou a presença do metanol nas bebidas, substância altamente tóxica.
Os primeiros atendimentos ocorreram em 27 de dezembro de 1992, quando aproximadamente 50 pessoas buscaram ajuda no Hospital Público de Diadema. Posteriormente, em 5 de janeiro de 1993, mais 110 pacientes deram entrada no mesmo hospital, com 28 internações e três mortes adicionais. A quarta vítima fatal foi encontrada em Santo André, onde o Instituto Médico Legal identificou metanol no corpo do operário.
Além desse caso, outras regiões brasileiras também registraram intoxicações por bebidas contaminadas. Em 1999, a Bahia contabilizou 35 mortes causadas por cachaça adulterada com etanol, e em Minas Gerais, a cerveja Belorizontina contaminada por dietilenoglicol provocou 29 intoxicações, com dez óbitos. O Ministério da Justiça e Segurança Pública orienta que sintomas como visão turva, dor de cabeça e náusea devem ser tratados como suspeita de adulteração, recomendando atendimento médico imediato e contato com centros toxicológicos para evitar desdobramentos graves.