O estado de São Paulo enfrenta um surto incomum de intoxicações por metanol relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Até 30 de maio de 2023, cinco mortes foram confirmadas, e outras 17 pessoas estão sob investigação após consumir destilados, como gin e vodca, que teriam sido adulterados com metanol em bares e adegas da capital paulista. O governador Tarcísio de Freitas classificou o caso como anormal devido ao perfil diverso das vítimas e aos locais envolvidos.
O metanol é um álcool altamente tóxico, diferente do etanol presente nas bebidas alcoólicas convencionais. Seu consumo pode levar a danos irreversíveis, como cegueira e morte, pois o organismo o metaboliza em substâncias que prejudicam órgãos vitais. As autoridades suspeitam que o metanol utilizado tenha origem criminosa, possivelmente desviado de estoques ilegais usados para adulterar combustíveis. A Polícia Federal, em conjunto com órgãos estaduais, investiga a cadeia de distribuição e os estabelecimentos envolvidos, incluindo uma adega na Zona Sul e três bares nas regiões dos Jardins e Mooca.
Diante da gravidade do surto, o Ministério da Justiça determinou a intensificação das investigações para coibir a venda dessas bebidas adulteradas e responsabilizar os envolvidos. A situação alerta para os riscos do consumo de produtos falsificados e reforça a necessidade de fiscalização rigorosa para proteger a saúde pública. O caso também evidencia a atuação do crime organizado na adulteração de produtos que colocam em risco a vida da população.