O governo do estado de São Paulo realizou uma operação nesta segunda-feira (29) que resultou na apreensão de 117 garrafas de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol em bares e adegas localizados nas regiões dos Jardins e Mooca, na capital paulista. A ação foi motivada pela investigação de três mortes suspeitas por intoxicação, envolvendo um homem de 58 anos em São Bernardo do Campo, outro de 54 anos na capital e um terceiro caso ainda em apuração quanto à residência. Participaram da operação as secretarias estaduais da Saúde e da Segurança Pública, em parceria com o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) e a Vigilância em Saúde do Município de São Paulo (Covisa). Dois estabelecimentos foram autuados por irregularidades sanitárias.
O metanol é uma substância líquida, inflamável e incolor, amplamente utilizada na indústria, mas altamente tóxica quando ingerida, podendo causar morte mesmo em pequenas doses. Desde o início do mês, o governo paulista intensificou as fiscalizações no comércio de bebidas alcoólicas, alimentos, bares, restaurantes e adegas, realizando mais de 43 mil ações em todo o estado. A Secretaria da Segurança Pública informou que as investigações estão sob responsabilidade dos distritos policiais da capital envolvidos nas regiões onde ocorreram as apreensões.
Diante dos casos recentes, o Ministério da Justiça e Segurança Pública emitiu uma recomendação urgente para que estabelecimentos comerciais adotem medidas rigorosas na compra e venda de bebidas alcoólicas, incluindo a verificação da procedência e integridade dos produtos. Sintomas como visão turva, dor de cabeça e náusea devem ser tratados como suspeita de intoxicação por metanol, com encaminhamento imediato para atendimento médico e comunicação às autoridades competentes. A ação conjunta entre governo, setor privado e sociedade é fundamental para prevenir novos incidentes e proteger a saúde pública.