A Rússia está ampliando sua presença militar na África ao recrutar cidadãos dispostos a lutar contra o terrorismo, oferecendo salários que variam de R$ 74 mil a R$ 182 mil. O novo grupo, denominado Africa Corps, é uma reestruturação do extinto Grupo Wagner e opera sob a supervisão do Ministério da Defesa russo. A iniciativa ocorre em um contexto de crescente instabilidade política em países africanos como Mali, Níger e Burkina Faso, onde golpes militares têm alterado o cenário de segurança regional.
O Africa Corps, que integra ex-mercenários do Wagner, busca preencher o vácuo de poder deixado pela saída de tropas ocidentais, especialmente após a expulsão de forças dos Estados Unidos e da França. Com a promessa de garantir a segurança dos interesses russos na África, o grupo já está ativo em várias missões, oferecendo bonificações e uma gama de funções que vão desde motoristas até especialistas em guerra eletrônica. A Rússia se posiciona como uma alternativa viável para os governos africanos que buscam estabilizar suas nações diante da crescente ameaça de grupos terroristas.
Recentemente, o ministro da Defesa russo, Andrey Belousov, visitou o continente e assinou memorandos de cooperação com autoridades do Mali, Níger e Burkina Faso. Essa aproximação reforça a estratégia russa de consolidar sua influência na região, prometendo assistência abrangente para garantir a estabilidade local. O cenário atual sugere que a presença militar russa pode se intensificar à medida que os países africanos buscam alternativas para enfrentar os desafios de segurança impostos por grupos extremistas.