A Romênia acionou caças de combate neste sábado, 13 de setembro, após detectar a entrada de um drone russo em seu espaço aéreo durante um ataque contra a Ucrânia. O Ministério da Defesa Nacional informou que dois caças F-16 e dois Eurofighters foram enviados para monitorar a situação, que ocorreu na fronteira com a Ucrânia, perto da vila de Chilia Veche. O episódio intensifica as tensões entre os países do Leste Europeu, que já enfrentaram violações similares na Polônia nesta semana.
Na terça-feira, 9 de setembro, a Polônia abateu cerca de 10 drones russos com o apoio da OTAN, levando o governo polonês a fechar o aeroporto da cidade de Lublin e mobilizar aeronaves devido à ameaça de novos ataques. O ministro da Defesa romeno, Ionut Mosteanu, revelou que os pilotos consideraram derrubar o drone, mas ele deixou o espaço aéreo romeno antes da decisão. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, destacou que o drone operou por 50 minutos em território da OTAN, caracterizando a situação como uma expansão da guerra pela Rússia.
A violação do espaço aéreo foi condenada pela Suécia e gerou discussões entre os Estados Unidos e seus aliados sobre as implicações da escalada. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, classificou a invasão aérea como “inaceitável e perigosa”, enquanto o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, refutou a possibilidade de erro por parte da Rússia. Em resposta ao aumento das tensões, a OTAN anunciou um reforço na defesa de sua fronteira leste, com apoio adicional de França, Alemanha e Suécia.