O Rio de Janeiro contabilizou 290 casos de crimes sexuais virtuais no primeiro trimestre de 2025, com a maioria das vítimas sendo mulheres. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam que 43 dessas vítimas eram menores de idade, incluindo 15 crianças com menos de 14 anos. Um caso em destaque envolve um homem investigado por vender imagens íntimas de sua namorada, que na época tinha apenas 13 anos.
As estatísticas indicam um aumento alarmante nos crimes sexuais virtuais no estado, com um crescimento de 1.200% entre 2018 e 2024. O delegado Cristiano Maia, da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), enfatiza que o ambiente digital pode ser mais perigoso do que o mundo real, pois os autores frequentemente se disfarçam como crianças para enganar suas vítimas. A inspetora Tatiana de Azevedo Lopes ressalta que o silêncio das vítimas pode ser um sinal de alerta para os pais.
As autoridades também estão preocupadas com o aumento da ‘sextorsão’ e do estupro virtual, crimes que envolvem a coação de vítimas a realizar atos libidinosos sob ameaça de divulgação de conteúdo sexual. A DCAV é reconhecida nacionalmente por seu trabalho no combate a esses crimes, utilizando mecanismos internacionais para identificar e responsabilizar os autores, enquanto busca proteger as vítimas durante todo o processo.