Park Seung-hwan, um sul-coreano de 30 anos, utiliza redes clandestinas para enviar dinheiro à sua família na Coreia do Norte, uma prática que se tornou essencial para a sobrevivência deles. Ele frequentemente verifica sua casa pelo Google Earth, constatando que o telhado foi consertado e as colheitas estão crescendo, evidências de que seu apoio financeiro chegou ao destino. No entanto, com o fechamento das fronteiras devido à pandemia de Covid-19 e a crescente repressão na Coreia do Sul, essas remessas enfrentam novos desafios e ameaças.
As dificuldades aumentam à medida que as autoridades sul-coreanas intensificam a repressão contra essas redes de remessa, que já haviam sido severamente impactadas pela pandemia. Park expressa sua preocupação com o futuro de sua família, temendo que seu irmão possa ser recrutado para lutar na Rússia devido à falta de recursos para obter certificados médicos falsos que o isentariam do serviço militar. Essa situação crítica destaca a vulnerabilidade das famílias norte-coreanas e a importância das remessas como um elo vital entre os dois países.
As implicações dessa crise são profundas, pois não apenas afetam a vida cotidiana das famílias na Coreia do Norte, mas também refletem as tensões geopolíticas entre as duas Coreias. A possibilidade de recrutamento militar e a luta pela sobrevivência em um regime opressivo colocam em risco não apenas a estabilidade familiar, mas também a segurança regional. O futuro dessas redes de remessa permanece incerto, à medida que os desafios se acumulam em um cenário já delicado.