Registro de coruja Jacurutu em Volta Redonda destaca resiliência ambiental local

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O Movimento Ética na Política (MEP), responsável por monitorar os impactos ambientais causados pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda, no sul do estado do Rio de Janeiro, anunciou o registro de uma família da coruja Jacurutu na antiga pedreira Voldac. O registro foi realizado pelo empresário Weverton Cristóvão, que retomou o hábito de observar aves para combater a depressão, incentivado por sua esposa, a bióloga Brena Campos. Em agosto, ele encontrou os filhotes da espécie, que é a maior coruja do Brasil.
Segundo o ecologista Fernando Pinto, ex-coordenador da equipe socioambiental do MEP e biólogo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Jacurutu é uma espécie rara na América do Sul e ocupa o topo da cadeia alimentar. Sua presença indica um ambiente ecologicamente equilibrado e com oferta suficiente de alimento. Desde 2019, o MEP monitora a espécie na pedreira, registrando dados na plataforma Wikiaves como parte de um esforço de ciência cidadã.
O movimento defende que a antiga pedreira Voldac, área pública atualmente abandonada, seja transformada em espaço de proteção ambiental e lazer para a população local. A iniciativa inclui atividades educativas como colônias de férias e aulas de campo sobre história e geografia da região. Até o momento, a prefeitura de Volta Redonda não respondeu aos pedidos de posicionamento sobre o futuro do local. O registro reforça a possibilidade de recuperação ambiental em áreas impactadas pela indústria siderúrgica.

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