A reforma tributária, que entrará em transição em 2026, pode impactar negativamente as empresas brasileiras optantes do Simples Nacional, conforme alerta do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Das mais de 27 milhões de empresas ativas no Brasil, 19,2 milhões, ou 72,5%, estão sob esse regime, sendo que mais de 70% delas operam no modelo B2B, o que as torna vulneráveis a mudanças que podem afetar sua competitividade.
O diretor do IBPT, Carlos Pinto, destaca que a reforma não extingue o Simples, mas cria desvantagens competitivas para muitas empresas que ainda não perceberam as implicações. No novo regime, as vendas entre empresas poderão gerar créditos tributários, enquanto as que permanecerem no Simples não terão essa possibilidade, o que pode resultar em perda de competitividade frente a clientes que adotarem o novo sistema.
Embora a reforma não esteja totalmente implementada até 2033, é crucial que as empresas comecem a avaliar suas estratégias. A análise deve considerar se vendem para consumidores finais ou para outras empresas, pois isso influenciará sua decisão sobre permanecer no Simples ou migrar para o novo sistema. Especialistas recomendam que a adaptação ocorra o quanto antes para evitar desvantagens futuras.

