Em 2024, o Brasil registrou um recorde de transplantes realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), totalizando mais de 30 mil procedimentos. Apesar desse avanço, a recusa familiar permanece como um desafio crítico, com cerca de 49% das famílias negando a doação de órgãos de parentes falecidos, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). A história de Mariana Aparecida Silvério Fabiano, que recebeu um transplante de fígado após anos de espera, ilustra a importância da doação e o impacto que a decisão familiar pode ter na vida dos pacientes. Para especialistas, aumentar a conscientização sobre a doação e fortalecer a confiança no sistema de saúde são passos essenciais para melhorar as taxas de doação e reduzir a fila de espera, que atualmente conta com 78 mil pessoas aguardando por um órgão. O coordenador do Programa de Transplantes do Einstein Hospital Israelita, José Eduardo Afonso Jr., destaca que é fundamental que as famílias conversem sobre o desejo de doação em vida, pois a autorização familiar é obrigatória para que a doação ocorra após o diagnóstico de morte encefálica.