O sistema de reconhecimento facial implementado em estádios de São Paulo resultou na prisão de 214 pessoas com mandados em aberto entre setembro de 2023 e setembro de 2025, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP). A tecnologia foi adotada inicialmente no Allianz Parque e se tornará obrigatória em todo o Brasil para estádios com mais de 20.000 lugares a partir de janeiro de 2025, conforme a Lei Geral do Esporte, que visa facilitar a entrada do público e prevenir fraudes com ingressos falsificados.
O Programa Muralha Paulista, que estabelece parcerias entre clubes e governos estaduais, atualmente é limitado a São Paulo, Mato Grosso e Ceará. No Allianz Parque, ocorreram 206 prisões, enquanto na Neo Química Arena foram registradas 8 detenções. Além das prisões, o sistema identificou 130 casos de descumprimento de medidas cautelares, demonstrando sua eficácia na fiscalização dos torcedores.
A implementação do reconhecimento facial em estádios não é barata, com custos estimados em até R$ 3 milhões por estádio. A expansão do sistema está prevista para incluir mais arenas até o primeiro semestre de 2026, com um acordo nacional que visa integrar clubes e órgãos de segurança. O uso da tecnologia também se estende a outros eventos, como festivais e corridas, embora o governo não divulgue dados sobre ocorrências nesses casos.