A Receita Federal do Brasil apreendeu, nesta sexta-feira (25), cargas no valor de R$ 290 milhões em uma nova fase da Operação Cadeia de Carbono, realizada no porto do Rio de Janeiro. As embarcações retidas transportavam 91 milhões de litros de óleo diesel e 115 toneladas de compostos químicos, que seriam utilizados para burlar a fiscalização e os impostos. A ação é parte de um esforço contínuo para desarticular esquemas de lavagem de dinheiro ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
A operação, que conta com o apoio do Ministério da Justiça e da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), também resultou na interdição cautelar da refinaria Refit. A ANP investiga irregularidades na cessão de espaço para distribuidoras de combustíveis, enquanto a Receita Federal coleta amostras para análise técnica. As investigações anteriores revelaram que o PCC utilizava uma rede complexa de postos de gasolina e instituições financeiras para lavar dinheiro, resultando em perdas fiscais estimadas em até R$ 23 bilhões por ano.
As implicações dessa operação são significativas, pois não apenas visam desmantelar as operações financeiras do PCC, mas também reforçar a fiscalização sobre o setor de combustíveis no Brasil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a criação de uma delegacia especializada para combater crimes de lavagem de dinheiro e fraudes tributárias, indicando um compromisso governamental em enfrentar a corrupção e a sonegação fiscal no país.