O rapper Oruam deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na tarde desta segunda-feira (29), após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que substituiu sua prisão preventiva por medidas cautelares alternativas. Recebido por familiares e admiradores, ele usava uma máscara do Homem-Aranha e fez publicações nas redes sociais, incluindo um vídeo com um desabafo sobre a atuação do Estado.
Oruam, de 25 anos, estava preso desde 22 de julho sob acusação de associação ao tráfico de drogas e ligação com o Comando Vermelho (CV). Filho de um dos líderes da facção, ele sempre negou participação em atividades criminosas e afirmou sua inocência em vídeos antes da entrega. O ministro Joel Ilan Paciornik considerou que a prisão preventiva foi aplicada com fundamentação insuficiente.
A soltura do rapper reacende discussões sobre o uso da prisão preventiva no sistema penal brasileiro e as relações entre facções criminosas e o Estado no Rio de Janeiro. O caso destaca os desafios enfrentados pela justiça na avaliação das medidas cautelares e suas consequências sociais e políticas.