Neste sábado (13), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) contestou publicamente sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou em uma pena de 16 anos de prisão por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado. Em uma série de postagens nas redes sociais, Ramagem defendeu-se ao afirmar que a sentença foi fundamentada na delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo ele, não o mencionou em nenhum momento durante seu depoimento.
Ramagem destacou que a delação de Cid foi a espinha dorsal da ação judicial contra ele, questionando a lógica da condenação sem qualquer citação direta. O deputado também caracterizou o processo como politicamente motivado, afirmando que se trata de uma farsa e uma clara perseguição política. Suas declarações levantam preocupações sobre a imparcialidade do sistema judiciário e a utilização de delações premiadas em casos de grande repercussão política.
As implicações desse caso são significativas, não apenas para Ramagem, mas também para o cenário político brasileiro, onde acusações de perseguição política e manipulação judicial são frequentemente debatidas. A defesa do deputado pode influenciar futuras discussões sobre a legitimidade das delações premiadas e seu papel em processos judiciais envolvendo figuras públicas. O desdobramento desse caso poderá impactar a confiança da população nas instituições e no sistema judiciário do país.