Os quilombolas de Machadinho, localizados em Paracatu, Minas Gerais, estão movendo uma ação judicial contra a mineradora canadense Kinross, buscando indenização por terem sido expulsos de suas terras. A comunidade, que habita a região há cerca de 200 anos, começou a enfrentar os impactos da mineração na década de 1980, quando projetos minerários começaram a se instalar nas proximidades. Em 2004, com a chegada da Kinross, a situação se agravou e, em 2009, os quilombolas foram forçados a deixar suas propriedades para dar espaço à construção de uma barragem de rejeitos da mina. Essa luta por reconhecimento e reparação destaca as dificuldades enfrentadas por comunidades tradicionais diante da exploração mineral e levanta importantes questões sobre direitos territoriais e justiça social.