Em 2024, apenas 24,3% dos lares brasileiros com televisão mantêm o serviço de TV por assinatura, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A redução é mais acentuada nas áreas rurais, onde o percentual caiu para 13,5%, enquanto nas áreas urbanas o serviço está presente em 25,6% dos domicílios. Em contrapartida, o streaming se consolida como a principal alternativa, alcançando 32,7 milhões de lares, ou 43,4% dos domicílios com televisão.
A pesquisa do IBGE revela desigualdades regionais significativas: o Sudeste lidera com 31,1% de adesão à TV por assinatura, enquanto o Nordeste apresenta apenas 13%. O Sul, no entanto, destoou da tendência nacional e registrou um aumento na adesão ao serviço. Além disso, a diferença de renda entre os lares que mantêm a TV paga e aqueles que não a têm é marcante, com uma média per capita de R$ 3.415 contra R$ 1.671.
Esses dados indicam uma mudança estrutural nos hábitos de consumo audiovisual dos brasileiros. A flexibilidade e a diversidade oferecidas pelas plataformas de streaming estão consolidando esse modelo como a tendência dominante no país, superando um sistema que antes era sinônimo de status e entretenimento. O crescimento do streaming sugere que as empresas de TV por assinatura precisarão se adaptar para permanecer relevantes em um mercado em rápida transformação.