Uma investigação da Polícia Federal revelou que uma quadrilha com ligações ao Primeiro Comando da Capital (PCC) operava um esquema bilionário de adulteração e distribuição de combustíveis em São Paulo. O grupo contava com informações privilegiadas sobre fiscalizações, o que lhes permitia interromper suas atividades para evitar flagrantes. Mensagens encontradas nos celulares dos suspeitos indicam que Thiago Augusto de Carvalho Gomes, um dos líderes do esquema, estava sempre um passo à frente das autoridades.
A organização criminosa atuava em sete etapas, que incluíam desde a importação ilegal de produtos químicos no Porto de Paranaguá até a lavagem de dinheiro no mercado financeiro, alcançando a Avenida Faria Lima, um dos principais centros financeiros do país. As etapas do esquema incluíam a compra de usinas de etanol, a criação de distribuidoras e a venda de combustíveis adulterados em postos. A Polícia Federal identificou um complexo sistema que envolvia transportadoras e fintechs para movimentar os recursos ilícitos.
A gravidade da situação levou a Justiça a bloquear R$ 30 bilhões em ativos da organização, evidenciando a extensão das operações criminosas e o impacto negativo na economia. O caso destaca não apenas a atuação do PCC no crime organizado, mas também as falhas nas fiscalizações que permitem a continuidade dessas práticas ilícitas. A investigação continua em andamento, com o objetivo de desmantelar completamente essa rede criminosa.

